Remoção do globo ocular: quando o procedimento é indicado?

“Os olhos são a janela da alma”. A célebre frase atribuída ao artista Leonardo Da Vinci destaca a importância da visão para a vida. Contudo, em função de algumas doenças oculares graves que prejudicam integralmente esse sentido, pode ser necessário realizar a remoção do globo ocular. Você já ouviu falar nesse procedimento? Sabe quando ele é indicado? Se respondeu negativamente a, pelo menos, uma dessas perguntas, este post é leitura obrigatória. Nele, explicaremos tudo sobre essa alternativa de tratamento.

O que é a remoção do globo ocular?

A remoção do globo ocular é um procedimento realizado quando uma doença ocular afeta a visão de modo tão agressivo que ela não é mais recuperável e a sua manutenção gera desconforto físico e emocional para o paciente. De modo geral, essa cirurgia é realizada a partir de duas técnicas: enucleação e evisceração. No primeiro caso, estamos falando da total remoção do globo ocular. Já o segundo procedimento consiste na retirada do conteúdo ocular, preservando as camadas externas do olho. Ainda, a escolha pela técnica mais adequada irá depender de diversos fatores, especialmente da condição que originou o problema. Em ambos os procedimentos, o resultado estético da cirurgia é semelhante.

Quando é indicada?

Por serem duas cirurgias distintas, as indicações também são diferentes. A evisceração é recomendada em quadros graves de glaucoma, quando os olhos cegos se tornam dolorosos e/ou trazem incômodo estético. Ademais, a remoção do conteúdo ocular também é indicada em casos de traumas perfurantes que ocasionam a extrusão desse conteúdo, desde que não haja a possibilidade de manter o globo ocular. Outrossim, a enucleação costuma ser realizada em pacientes com diagnóstico de câncer nos olhos, atrofia do olho cego ou quando existe o risco de desenvolver a oftalmia simpática, condição decorrente de um trauma ocular grave. Ainda, para que a remoção do globo ocular seja recomendada, o trauma deve impossibilitar a reconstrução das estruturas oculares, a atrofia dos olhos precisa comprometer o aspecto estético ou os tumores malignos não são tratáveis com outras técnicas.

Como funciona o procedimento?

Na enucleação, o paciente recebe anestesia geral e a remoção do globo ocular é realizada sem causar nenhum tipo de dor. Para melhorar o aspecto estético, a musculatura dos olhos é preservada, o que também possibilita a colocação de um implante que preenche o espaço. Ainda, o implante permite que a prótese tenha algum movimento e repõe o volume do olho removido. Após a cirurgia, a conjuntiva é fechada sobre o implante e é colocada uma lente de acrílico chamada de conformador. Com isso, é possível modelar a região operada até que o paciente se adapte à prótese ocular ou à lente escleral pintada. Outrossim, na evisceração, o conteúdo ocular é retirado, mas a parede do olho é preservada. O procedimento é mais simples, quando comparado à enucleação e também é realizada a colocação de um implante para repor o volume do olho. Enfim, com a leitura do post, você conheceu um pouco mais sobre o procedimento de remoção do globo ocular e as situações em que essa cirurgia é indicada. A escolha pela melhor técnica será avaliada pelo médico responsável pelo tratamento. Quer saber mais? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito felizes em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como oftalmologistas em Belo Horizonte!

Posted by DUO Oftalmologia e Plástica Ocular