A ptose palpebral, ou blefaroptose, é uma condição caracterizada pela queda da pálpebra. Os pacientes que apresentam esse caso têm pálpebras com a aparência caída, ou seja, a um descenso atípico, que coloca a pálpebra abaixo de sua posição normal.
A blefaroptose em si não é uma doença. Trata-se de um sintoma que pode estar associado a enfermidades sistêmicas, oftalmológicas e neurológicas. Desse modo, é extremamente importante que cada quadro seja avaliado individualmente pelo oftalmologista, a fim de determinar o tipo de ptose, as causas da queda palpebral e o melhor tratamento para as situações específicas.
Não existe somente um tipo de ptose palpebral. Há a neurogênica, miogênica, mecânica e aponeurótica. Hoje vamos falar mais profundamente sobre esta última, que é a causa mais frequente das ptoses palpebrais adquiridas. Ficou curioso para saber mais? Continue a leitura!
Quais são as causas da ptose aponeurótica?
A ptose aponeurótica ou involucional é uma condição comum, que acontece por causa da desinserção do músculo que eleva a pálpebra superior. Ou seja, essa forma de ptose ocorre quando o tendão do músculo elevado da pálpebra (aponeurose) se solta do lugar original, dando origem à queda palpebral.
Isso pode acontecer devido fatores como envelhecimento natural, trauma de acidentes, uso prolongado de lentes de contato ou hábito indevido de coçar as pálpebras. Outra causa possível é o trauma cirúrgico, decorrente de procedimentos voltados para a correção da catarata, glaucoma, etc.
É importante destacar que a queda palpebral aponeurótica, além de comprometer a estética, é uma condição capaz de reduzir a qualidade da visão, interferindo no campo visual e gerando distúrbios oftalmológicos. Daí a necessidade de tratá-la adequadamente.
Quais são as melhores opções de tratamento?
O tratamento de ptose palpebral aponeurótica é, geralmente, cirúrgico (blefaroplastia). A abordagem terapêutica costuma ser determinada pela natureza da ptose, estado atual da função da musculatura elevadora da pálpebra superior, gravidade do quadro, se é uni ou bilateral, idade e quadro clínico do paciente.
Esse tratamento é destinado a fazer com que a pálpebra volte à posição normal. A cirurgia reposiciona o músculo e eleva a pálpebra, o que comumente traz resultados naturais e satisfatórios em relação ao contorno e à posição palpebral. A operação é realizada com leve sedação e anestesia local, as incisões são pequenas, o que facilita o pós-operatório e reduz o inchaço.
Determinados casos casos podem ser tratados através de conjuntivo-mullerectomia, um procedimento cirúrgico destinado a corrigir a ptose palpebral aponeurótica leve. Essa técnica é realizada na porção interna da pálpebra superior.
Vale destacar que quando a força do músculo elevador da pálpebra é deficiente e está enfraquecida, pode haver a necessidade de recorrer ao uso de prótese ou materiais provenientes do próprio paciente, para restabelecer a funcionalidade da pálpebra, de modo que a força do músculo frontal seja utilizada para a abertura palpebral.
Todo e qualquer procedimento aplicado para corrigir a ptose aponeurótica é usado para assegurar a simetria, atividade funcional da pálpebra e manutenção da oclusão palpebral necessária à preservação da saúde da superfície ocular.
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