Você já conheceu alguém com a famosa “carninha no olho”? Ela tem nome: pterígio. A condição consiste em um tecido crescido benignamente na córnea do olho. Pode ir aumentando de maneira gradativa, mas dificilmente a ponto de cobrir a pupila.
O termo surgiu do grego pteron, que significa “asa”, justamente pela lesão possuir forma de triângulo. Pode ocorrer em um ou nos dois olhos e se expandir para a área externa da conjuntiva.
O tecido possui três partes: cabeça, que é a parte corteana; corpo, que fica na região conjuntival e é a parte mais espessa e vascularizada do pterígio; além do pescoço, que consiste na parte que une as outras duas.
O pterígio recebe uma classificação em três tipos. O primeiro é com o corpo e a cabeça avançando sobre a córnea menos que 2mm, o segundo se estende de 2 a 4mm e pode levar ao astigmatismo e à redução da acuidade visual. O terceiro, por sua vez, avança mais que 4mm e atinge a zona óptica, causando redução da visão.
Sintomas e causas
O pterígio possui os mais diversos sintomas, que podem ser mais ou menos fortes a partir da evolução da doença. Os principais são:
- Olho vermelho;
- Ardor;
- Queimação;
- Irritação;
- Fotofobia;
- Sensação de corpo estranho;
- Visão turva;
- Comichão;
- Lacrimejamento.
É importante que se lembre que o pterígio também pode ser assintomático.
As principais causas da doença são o olho seco, exposição contínua e crônica dos olhos ao sol e exposição direta ao vento, poeira e poluição.
É uma alteração patológica mais frequente em adultos entre 20 e 30 anos e é mais comum em homens. Pode ser precedido de uma outra degenerescência da conjuntiva, conhecida como pinguécula.
A principal forma de prevenir o pterígio é evitar a exposição dos olhos aos raios ultravioletas através do uso de óculos escuros.
Como tratar o pterígio
Como já mencionado, o pterígio pode comprometer a visão e resultar em um astigmatismo severo, por isso o acompanhamento oftalmológico é fundamental para compreender o grau da lesão e o melhor tratamento possível.
Nem sempre requer tratamento, em caso de sintomas moderados, mas, na maioria dos casos, colírios anti-inflamatórios são recomendados para evitar o agravamento temporário do problema.
A intervenção cirúrgica se faz necessária em alguns casos, quando a lesão avança de forma prejudicial à visão ou quando os tratamentos conservadores não fazem o efeito desejado. O incômodo com a aparência estética também pode ser um agravante para que o oftalmologista opte pelo tratamento cirúrgico.
A cirurgia de pterígio é realizada sob anestesia local e dura cerca de 30 minutos, com transplante de conjuntiva ou membrana amniótica.
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