lente de contato escleral

Lente de contato escleral: o que é e quando é indicada

Você já ouviu falar da lente de contato escleral? Ela tem uma função bastante especial e, por isso, só é indicada a um grupo específico de pacientes oftalmológicos.

Ficou curioso? Neste post, conheceremos um pouco mais sobre ela, seu uso e recomendação. Confira!

O que é uma lente de contato escleral?

Originalmente desenvolvida em 1888, por Adolf Fick, visava neutralizar os efeitos visuais causados pelo astigmatismo irregular. Por ser feita de vidro, era bastante incômoda e gerava problemas por uso constante.

Anos depois, foi aperfeiçoada e se tornou uma lente de diâmetro grande, que se apoia na esclera e não chega a tocar na córnea. Assim sendo, ela apresenta um espaço entre a superfície anterior da córnea e a posterior da lente.

As lentes esclerais são uma opção para quem não possui uma boa visão ou passa por algum quadro terapêutico que necessita de apoio.

Nesse último caso, podemos dizer que a escolha de uma lente escleral vai de encontro ao fato de que ela é capaz de reter lágrimas sobre a superfície da córnea, o que auxilia quando o olho está severamente seco e também protege a superfície ocular de uma série de complicações de saúde.

Quais são as principais indicações das lentes esclerais?

A indicação da lente de contato escleral ocorre especialmente nos seguintes casos clínicos:

  • Ceratocone: doença degenerativa, que provoca a deformação da córnea e faz com que ela se torne mais fina e encurvada. É tratada, inicialmente, com o uso das lentes esclerais, mas pode vir a demandar uma cirurgia;
  • Degeneração marginal pelúcida: caracterizada por afilamento estromal progressivo da parte inferior da córnea. O tratamento é feito com óculos ou lentes de contato rígidas (como as que estamos abordando);
  • Afacia: É a falta do cristalino em um ou ambos os olhos. Normalmente, é causada pela extirpação do cristalino por meio da cirurgia de catarata;
  • Ametropia: Também chamado de erro refrativo, é um defeito de visão causado pela focalização inadequada da luz que chega à retina;
  • Doenças cicatriciais da córnea e conjuntiva, como a Síndrome de Stevens-Johnson: reação alérgica bastante grave, responsável por causar lesões nos olhos, nas mucosas e em grandes extensões de pele. Embora seja muito rara, exige tratamento rápido, pois é dolorosa e pode causar diversos efeitos negativos;
  • Ceratite herpética: a ceratite herpética é uma inflamação que ocorre na córnea quando o indivíduo está com herpes ou herpes zoster;
  • Olho seco severo: este problema pode atingir diversas pessoas, mas é mais comum em mulheres a partir dos quarenta anos. É caracterizado por uma alteração na quantidade de lágrimas produzidas. Pode ser provocado por problemas nas glândulas lacrimais, doenças reumatológicas etc.

É interessante dizer também que a lente escleral é particularmente interessante porque se adapta a córneas que não possuem topografia regular, oferece um bom grau de conforto a quem precisa utilizá-la e protege os olhos, impedindo que haja a presença de corpos estranhos por trás das lentes.

Por fim, todo o processo de adaptação da lente de contato escleral, assim como o período de avaliação do progresso do paciente, deve ser acompanhado de perto por um oftalmologista responsável.

Quer saber mais? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito felizes em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como oftalmologistas em Belo Horizonte!

 

Posted by DUO Oftalmologia e Plástica Ocular