O que é neurite óptica?

A neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico, responsável por transmitir impulsos ao cérebro para que a imagem seja formada e, assim, conseguirmos enxergar. Esse comprometimento pode fazer com que ocorra a perda parcial ou total da visão.

Para entender melhor essa enfermidade, vamos explicar, de forma simples, o funcionamento do olho humano saudável:

  1. A luz entra pela córnea (a primeira lente dos olhos), passa por dentro da pupila (o “buraco” preto) e atravessa o cristalino (lente que fica atrás da pupila).
  2. A córnea e o cristalino ajustam-se à luz para que a retina (localizada no fundo do olho) permita o foco do objeto em questão.
  3. A luz é convertida em impulsos elétricos que atravessam pelo nervo óptico até o cérebro que, por sua vez, cria a imagem.

Esse último ponto é justamente o foco da doença, ocorrendo um processo que é chamado de desmielinização, o nome dado para a perda da mielina, um revestimento de gordura que protege os nervos.

Causas e sintomas da neurite óptica

Esse problema ocular é mais comum, geralmente, em pessoas entre 20 e 40 anos e pode ser causado por fatores como:

  • doenças infecciosas, como, sinusite, meningite, tuberculose, sífilis, entre outras;
  • câncer com metástase no nervo óptico;
  • produtos químicos;
  • intoxicação por metais;
  • doenças autoimunes;
  • esclerose múltipla (na verdade, a enfermidade é um dos primeiros sintomas da esclerose).

Atenção aos sinais

Os primeiros sinais do problema são vista embaçada, dificuldade de enxergar cores, perda parcial ou total da visão, bem como dor ao movimentar os olhos. Normalmente, a dificuldade para enxergar apresenta melhora com o passar do tempo, mas pode deixar algumas sequelas, inclusive na definição de cores.

Além disso, existem duas nomenclaturas para a doença: neurite retrobulbar, quando o disco óptico não é afetado, e papilite, caso ele fique inchado.

Diagnóstico e tratamento

Quando sinais da doença surgem, é fundamental procurar o médico oftalmologista o quanto antes para uma avaliação minuciosa.

Assim, o diagnóstico da neurite óptica é feito por meio da avaliação clínica do paciente, examinado pelo especialista no consultório, investigando, inclusive, seu histórico de saúde. Isso é fundamental para que seja determinada a origem do quadro. Nesse momento, um dos exames importantes é o de fundo de olho, pois consegue verificar se há hemorragias na região e, consequentemente, outros problemas mais graves.

Além disso, em alguns casos, é recomendada a realização de exames de imagem, como a ressonância magnética com uso de contraste à base de gadolínio, capaz de identificar alteração no nervo óptico e outras lesões.

Identificado o problema, o médico poderá prescrever o uso de medicamentos anti-inflamatórios. E, caso o problema tenha originado de alguma doença infecciosa, por exemplo, o tratamento deverá ser específico para essa condição.

Como fica a vida do paciente

Quando falamos em perda de visão, mesmo que parcial, isso gera grande preocupação, não é mesmo? Nesse caso, a remissão do problema pode ocorrer naturalmente ou por meio do tratamento. Com o tempo, o paciente pode não apresentar mais qualquer sintoma. Entretanto, a neurite óptica pode ressurgir, o que exige um acompanhamento frequente pelo oftalmologista.

 

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Posted by DUO Oftalmologia e Plástica Ocular