A retinopatia diabética é uma complicação comum da diabetes. Além disso, está entre as principais causas de cegueira em adultos de 20 a 74 anos de idade. De acordo com estudos recentes, cerca de 75% dos indivíduos diabéticos há mais de 20 anos acabam desenvolvendo a doença.
O fato é que a retinopatia diabética, como o próprio nome indica, está intimamente relacionada com o tempo de duração da diabetes e com o descontrole da glicemia. Desse modo, por ser um comprovado fator de risco para complicações na visão, assim que o quadro de diabetes é confirmado, o indivíduo deve ser acompanhado, também, pelo oftalmologista.
Com o acompanhamento oftalmológico regular será mais fácil diagnosticar e tratar qualquer problema nos olhos. Continue lendo o texto para saber mais sobre esses aspectos da retinopatia diabética.
Diagnóstico da retinopatia diabética
Como alguns sintomas de retinopatia diabética são similares a outras condições oftalmológicas, a simples análise dos sintomas não é suficiente para diagnosticar essa doença. O oftalmologista geralmente faz um exame médico detalhado dos olhos, além de recorrer a outros métodos diagnósticos, como a angiografia por fluoresceína e tomografia de coerência óptica.
Tanto as retinopatias diabéticas proliferativas quanto as não proliferativas podem ser diagnosticadas a partir do exame da retina, com o auxílio do oftalmoscópio. A angiografia com fluoresceína, por sua vez, ajuda a determinar o local exato de eventuais derrames, além de detectar as áreas com pouco fluxo sanguíneo ou as partes com novas formações anômalas de vasos sanguíneos. Outros recursos, a exemplo da tomografia de coerência óptica, complementam o diagnóstico e podem contribuir para determinar a extensão da retinopatia e gravidade do edema macular.
Um diagnóstico precoce e preciso é fundamental para definir os melhores rumos para o tratamento. Os exames relatados aqui servem não somente para diagnosticar a doença, como também para acompanhar a progressão da retinopatia, monitorar os resultados da abordagem terapêutica e avaliar como o indivíduo está respondendo ao tratamento.
Tratamento da doença
Quando o tratamento da retinopatia diabética é realizado logo no começo, aproximadamente 95% dos indivíduos conseguem recuperar a visão por completo. Se as alterações são detectadas precocemente, o tratamento é simples e conservador, uma vez que a abordagem terapêutica envolve o controle da pressão e da glicemia, com alimentação balanceada.
Em estágios mais avançados, quando há maior comprometimento da visão, pode ser necessário recorrer ao tratamento a laser. A técnica utilizada visa coagular os locais em que os vasos sanguíneos estão desgastados. Esse método é normalmente acompanhado do uso de medicação antiangiogênica.
Caso a retinopatia diabética resulte em complicações graves, como hemorragia ou descolamento, a indicação é cirúrgica. Nesse tipo de situação, a cirurgia é mais efetiva na recuperação de funções oculares prejudicadas.
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