A cavidade anoftálmica é o espaço vazio deixado pela retirada do globo ocular. Isso pode acontecer por diversos motivos. O primeiro deles é congênito, que é quando a pessoa nasce com malformação no globo. Um exemplo é a anoftalmia, condição em que não houve qualquer tipo de amadurecimento do bulbo ocular. Igualmente, podemos citar a microftalmia, doença em que o globo ocular não se desenvolve totalmente, ficando menor que o normal.
Da mesma forma, a falta do globo ocular pode decorrer de fatores adquiridos. Nesses casos incluem-se traumas craniofaciais; atrofia resultante de múltiplas processos cirúrgicos e doenças que afetam os olhos como infecções muito graves e tumores.
A retirada do globo ocular é realizada levando em consideração a origem do problema, ou seja, o fato que deu razão à remoção. Os procedimentos utilizados são conhecidos como evisceração e enucleação. Entenda melhor.
Procedimentos para retirada do globo ocular
Evisceração
Essa técnica é utilizada quando a intenção é extrair apenas o conteúdo interno do globo ocular, preservando as outras estruturas do olho, como pálpebras, glândula lacrimal, e o próprio globo ocular. Uma incisão é feita na córnea e o interior é removido por meio da curetagem.
Enucleação
Esse procedimento é mais invasivo que o citado anteriormente. Consiste em retirar todo o globo ocular e manter apenas a pálpebra, a gordura extra-ocular e a musculatura. Geralmente, é o último recurso para tratar problemas como infecções e traumas graves. Entretanto, às vezes é a única opção para devolver a qualidade de vida do paciente. Já em casos de câncer intraoculares é uma abordagem bastante utilizada.
Reparação da cavidade anoftálmica
A falta do globo ocular, então, resulta na cavidade anoftálmica. Desse modo, a reparação é realizada por próteses implantadas durante os procedimentos citados anteriormente..
Na evisceração, a reparação é feita pela colocação de uma prótese esférica dentro do globo ocular curetado. Assim, é possível manter o volume ocular.
Durante a enucleação, também é implantada uma prótese esférica para simular o volume do olho. Todavia, às vezes ela é envolta a uma esclera doadora e ligada à musculatura que dava sustentação aos movimentos dos olhos.
Pós-operatório
A aparência após a reparação dos dois procedimento é bastante similar, pois há preservação das estruturas adjacentes.
A completa cicatrização das técnicas reparadoras ocorrem mais ou menos entre 5 a 6 semanas, após a cirurgia. É nesse período que começa a adaptação da prótese ocular que simula o aspecto do olho.
Essa prótese é adaptada na cavidade anoftálmica para reconstituir a função estética do olho retirado. A cor e tamanho são replicados de forma a conseguir maior simetria possível com o olho não operado.
Nesse período, os pacientes são instruídos quanto ao uso, retirada e colocação da prótese, bem como cuidados de manutenção e higiene.
Os principais cuidados pós-operatórios após a reparação da cavidade anoftálmica incluem a limpeza das próteses externas, que devem ser realizadas em água corrente e sabão, conforme indicação do médico e medicação contendo antibiótico por período variado, a depender da situação do paciente.
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