A coloboma ocular é uma má formação congênita, mas é possível que seja desenvolvida após uma cirurgia ou trauma na região. Em geral, ocorre quando há alterações no formato da úvea, camada média dos olhos. Com isso, a sustentação da íris fica prejudicada, apresentando um aspecto diferente. Por isso, a condição também é popularmente conhecida como síndrome do olho de gato.
Na maioria das vezes, o incômodo maior é estético, tendo em vista que a síndrome não costuma afetar a capacidade de enxergar. No entanto, pode haver prejuízos sérios para a visão, caso o transtorno atinja outras estruturas da região ocular, tais como mácula, retina e nervo óptico.
A coloboma ocular pode ou não afetar os dois olhos. O essencial é realizar um mapeamento completo o quanto antes, para investigar se está acompanhada de outros problemas mais graves, como glaucoma ou catarata.
Diagnóstico de coloboma ocular
A detecção da doença costuma acontecer cedo, pouco tempo após o nascimento do bebê. Além do exame clínico, em que o médico observa a parte de trás dos olhos enquanto a pupila está dilatada, ele pode solicitar, ainda, exames de imagem, como ultrassom e ressonância magnética, especialmente diante da suspeita de problemas secundários na área dos olhos.
Tratamento
A coloboma não costuma afetar a visão. No entanto, ela pode vir acompanhada de outras doenças ou ocasionar incômodos, como hipersensibilidade à luz.
Se a análise inicial do bebê não indicar prejuízos à capacidade de enxergar, o médico fará o acompanhamento a cada 6 meses, somente para acompanhar o desenvolvimento dos olhos, até que a criança complete sete anos.
Com o intuito de oferecer mais qualidade de vida, algumas medidas podem ser tomadas. Entre elas, uso de lentes de contato coloridas, que disfarçam o formato irregular da íris, óculos de sol e filtros nas janelas, para reduzir a luminosidade. Em alguns casos, cirurgia estética.
A intervenção cirúrgica é a saída principalmente nos casos em que se faz necessária a reconstrução da pálpebra. No entanto, algumas técnicas visam restabelecer definitivamente o formato da íris.
Pode-se concluir que não há cura para a coloboma ocular. No entanto, existe uma ampla gama de tratamentos e alternativas que ajudam a amenizar o problema e oferecem mais qualidade de vida. Com a ajuda de um especialista, é possível aliar saúde ocular e boa estética na busca por maior bem-estar.
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