As doenças autoimunes são patologias causadas por uma reação anormal das células de defesas do organismo contra alguma parte do corpo. Essas células se confundem e identificam esse órgão como um invasor. Existem mais de 80 tipos de doenças autoimunes. Entre elas está a orbitopatia de Graves.
Já ouviu falar nessa patologia? E na Doença de Graves? Então, continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.
O que é orbitopatia de Graves?
É uma doença autoimune que afeta a órbita dos olhos, causando alterações nos tecidos palpebrais e orbitários. Os anticorpos atacam a musculatura da órbita, provocando, então, um processo inflamatório que expande esses músculos e o tecido adiposo da região.
Como a órbita é uma caixa óssea que não se expande, o aumento da musculatura e da gordura ocasiona o deslocamento do globo ocular para fora. Esse distúrbio é proveniente de outro problema conhecido como Doença de Graves. A Doença de Graves é uma das principais causas do hipertiroidismo.
Quais são as causas?
O hipertireoidismo é a principal causa da orbitopatia de Graves. Porém, o tabagismo e o estresse também podem desencadear o problema. Além disso, é um distúrbio que acomete, em sua maioria, as mulheres.
Essa orbitopatia também pode se desenvolver em indivíduos com tireoidite de Hashimoto ou com hipotireoidismo primário. Ocorre em qualquer fase da vida, sendo mais comum a partir dos 50 anos de idade.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado na observação dos sintomas. A retração da pálpebra superior é o primeiro sinal a ser analisado. Caso a suspeita se confirme, o oftalmologista solicitará exames adicionais para a verificação de algum distúrbio na tireoide.
Geralmente, são requisitados os exames que medem os níveis dos hormônios da tireoide (TSH, T4 livre e T3), de imunidade tireoidiana, anti-TPO, anti-TG, TRAb e TC órbita. Caso o indivíduo apresente retração da pálpebra combinada com alguma disfunção na tireoide, o quadro de orbitopatia de Graves é confirmado.
Conheça os principais sintomas
O deslocamento do globo ocular é a alteração mais frequente. Pode ser acompanhado da retração ou de um edema na pálpebra superior, olho avermelhado, desconforto atrás do olho, lacrimejamento, bem como sintomas do distúrbio do olho seco.
Caso o quadro seja grave, a pessoa pode apresentar visão dupla, úlcera de córnea, dor ocular, estrabismo e redução do campo de visão.
Como funciona o tratamento?
O tratamento varia, conforme o grau da doença e o desconforto que provoca. Os sintomas mais leves são tratados pelo uso de lágrimas artificiais. Em casos mais graves, o oftalmologista poderá prescrever:
- corticosteroides, para redução do inchaço dos olhos;
- uso de prismas para correção da visão dupla;
- cirurgia de descompressão orbital, que devolve a aparência normal do olho;
- radioterapia orbital.
Esteja atento aos sintomas e, caso desconfie da ocorrência da orbitopatia de Graves, procure um oftalmologista especializado no assunto.
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