Orbitopatia de Graves

Orbitopatia de graves: conheça as opções de tratamento

Orbitopatia de graves: conheça as opções de tratamento

Você já ouviu falar sobre a Orbitopatia de Graves? Trata-se de uma  condição inflamatória que se desenvolve na órbita ocular. Ela é autoimune e, em 90% dos quadros, aparece em pacientes que possuem a doença de Graves. A doença de Graves é um quadro clínico em que o próprio sistema imunitário, ou seja, as próprias defesas do corpo provocam a enfermidade e levam o organismo à hiperatividade da glândula tireoide. Vale ressaltar que a Orbitopatia de Graves também pode acometer pacientes com Tireoidite de Hashimoto e Hipotireoidismo Primário, Miastenia Gravis e Vitiligo, porém, em menor proporção. A Orbitopatia de Graves é mais incidente em mulheres, entretanto, costuma ter maior gravidade em homens.  Quer entender melhor essa doença caracterizada pela retração palpebral e impressão de olhos arregalados? Leia o artigo e saiba mais!

Como é a Orbitopatia de Graves?

A Orbitopatia de Graves é uma enfermidade oftalmológica que clinicamente evolui com uma fase inflamatória em um primeiro momento, durando até 36 meses. Na fase inicial pode haver queimação, dor e aquecimento da região. Essa etapa é seguida por um período sequelar, em que o processo inflamatório diminui e os sintomas amenizam. A retração palpebral está presente em mais de 90% dos casos e os olhos saltados (proptose) também sinalizam a Orbitopatia de Graves. Em alguns casos pode ocorrer estrabismo devido desequilíbrios existentes na motilidade ocular. Inchaço na conjuntiva e nas pálpebras são sintomas menos comuns. Eles só acontecem nos pacientes com processo inflamatório muito ativo e melhoram facilmente com o tratamento clínico. Úlceras nas córneas também são raras, assim como a neuropatia óptica, que ocorre em menos de 5% dos pacientes. Cumpre destacar que a Orbitopatia de Graves pode levar à perda visual progressiva e irreversível em até 30% dos casos. Sendo assim, o acompanhamento e tratamento oftalmológico são imprescindíveis para minimizar os danos causados pela doença.

Quais são os tratamentos possíveis para a Orbitopatia de Graves?

Antes de iniciar qualquer abordagem terapêutica é preciso confirmar ou descartar a Orbitopatia de Graves através de exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética da órbita, além de testes de sangue para mostrar a função da tireoide e resposta imune alterada. Confirmado o quadro, o tratamento pode apresentar três vertentes: clínica, radioterápica e cirúrgica. O tratamento clínico se baseia nos sintomas e é feito para amenizar as manifestações físicas decorrentes do quadro. Ele geralmente envolve o uso de colírios específicos, medicamentos corticoides e imunossupressores. Para controlar inflamações de maior gravidade, a radioterapia também pode ser útil. A opção cirúrgica entra em cena quando existe risco de perda de visão na fase aguda da Orbitopatia de Graves e o paciente não apresenta boas respostas ao tratamento clínico e radioterápico. O procedimento cirúrgico também pode ser indicado na fase crônica, depois da estabilização do quadro, para promover a reabilitação estética e funcional do paciente. Quer saber mais sobre a Orbitopatia de Graves ? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito felizes em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como oftalmologistas em Belo Horizonte!
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Orbitopatia de Graves: quais os principais sintomas?

Orbitopatia de Graves: quais os principais sintomas?

As doenças autoimunes são patologias causadas por uma reação anormal das células de defesas do organismo contra alguma parte do corpo. Essas células se confundem e identificam esse órgão como um invasor. Existem mais de 80 tipos de doenças autoimunes. Entre elas está a orbitopatia de Graves. Já ouviu falar nessa patologia? E na Doença de Graves? Então, continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.

O que é orbitopatia de Graves?

É uma doença autoimune que afeta a órbita dos olhos, causando alterações nos tecidos palpebrais e orbitários. Os anticorpos atacam a musculatura da órbita, provocando, então, um processo inflamatório que expande esses músculos e o tecido adiposo da região. Como a órbita é uma caixa óssea que não se expande, o aumento da musculatura e da gordura ocasiona o deslocamento do globo ocular para fora. Esse distúrbio é proveniente de outro problema conhecido como Doença de Graves. A Doença de Graves é uma das principais causas do hipertiroidismo.

Quais são as causas?

O hipertireoidismo é a principal causa da orbitopatia de Graves. Porém, o tabagismo e o estresse também podem desencadear o problema. Além disso, é um distúrbio que acomete, em sua maioria, as mulheres. Essa orbitopatia também pode se desenvolver em indivíduos com tireoidite de Hashimoto ou com hipotireoidismo primário. Ocorre em qualquer fase da vida, sendo mais comum a partir dos 50 anos de idade.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na observação dos sintomas. A retração da pálpebra superior é o primeiro sinal a ser analisado. Caso a suspeita se confirme, o oftalmologista solicitará exames adicionais para a verificação de algum distúrbio na tireoide. Geralmente, são requisitados os exames que medem os níveis dos hormônios da tireoide (TSH, T4 livre e T3), de imunidade tireoidiana, anti-TPO, anti-TG, TRAb e TC órbita. Caso o indivíduo apresente retração da pálpebra combinada com alguma disfunção na tireoide, o quadro de orbitopatia de Graves é confirmado.

Conheça os principais sintomas

O deslocamento do globo ocular é a alteração mais frequente. Pode ser acompanhado da retração ou de um edema na pálpebra superior, olho avermelhado, desconforto atrás do olho, lacrimejamento, bem como sintomas do distúrbio do olho seco. Caso o quadro seja grave, a pessoa pode apresentar visão dupla, úlcera de córnea, dor ocular, estrabismo e redução do campo de visão.

Como funciona o tratamento?

O tratamento varia, conforme o grau da doença e o desconforto que provoca. Os sintomas mais leves são tratados pelo uso de lágrimas artificiais. Em casos mais graves, o oftalmologista poderá prescrever:
  • corticosteroides, para redução do inchaço dos olhos;
  • uso de prismas para correção da visão dupla;
  • cirurgia de descompressão orbital, que devolve a aparência normal do olho;
  • radioterapia orbital.
Esteja atento aos sintomas e, caso desconfie da ocorrência da orbitopatia de Graves, procure um oftalmologista especializado no assunto. Quer saber mais? Estamos à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficaremos muito felizes em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como oftalmologistas em Belo Horizonte!
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